segunda-feira, 7 de junho de 2010

despedidas

"Adeus, blogue",
Dizemos nós
Entristecidos.
Uma experiência maravilhosa
Sempre difícil de
Bloquear,
Largar
Ou até mesmo abandonar!
Guardamos na memória
Uns belos anos
Em que fomos investigadores do nosso património.

Padeiras de Aljubarrota

sábado, 29 de maio de 2010

Mouzinho de Albuquerque

Joaquim Augusto Mouzinho de Albuquerque nasceu a 12 de Novembro de 1885, na Quinta da Várzea, localizada na Batalha. Seu pai, José Diogo de Mascarenhas Mouzinho de Albuquerque, era um fidalgo, cavaleiro da Casa Real, possuidor de dois vínculos (terras inalienáveis) em Chelas. Maria Emília Pereira da Silva de Bourbon Mouzinho de Albuquerque, sua mãe, era neta de Luís da Silva Mouzinho de Albuquerque. Ambos os progenitores descendiam de uma família da nobreza.
Em 1884 foi promovido a tenente e nomeado regente de estudos no Colégio Militar. Dois anos depois, partiu para a Índia ocupando um lugar na fiscalização do caminho-de-ferro em Mormugão e, em 1888, foi nomeado secretário-geral do governo do Estado da Índia. Passados dois anos foi promovido a Capitão e nomeado governador do distrito de Lourenço Marques, cargo que ocupou até 1892, altura em que regressou a Lisboa.
O ano de 1894 marcou o seu regresso às colónias. Desta vez, comandando um esquadrão de lanceiros que se iriam juntar nas rebeliões indígenas, no sul de Moçambique.
A 10 de Dezembro de 1895, foi nomeado governador do distrito militar de Gaza, onde iniciou a sua própria campanha, entendendo que só através da " Lição de Gaza" a soberania portuguesa poderia ser mantida. Após três dias de marcha na direcção de Chaimite, as tropas por si conduzidas cercaram a povoação pretendendo que o chefe lhes entregasse mil libras em ouro, diamantes, armas, munições e todo o gado e marfim. No ano seguinte, Gungunhana e os restantes prisioneiros foram entregues, em Lourenço Marques, por Mouzinho de Albuquerque ao governador-geral da colónia para serem enviados para a metrópole (Portugal).
Mais tarde suicidou-se no interior de um "coupé", na Estrada das Laranjeiras.

quarta-feira, 26 de maio de 2010

A abóbada não caiu ... a abóbada não cairá!

Em 6 de Janeiro de 1401, acorria o povo ao Mosteiro de Santa Maria da Vitória, conhecido também pelo Mosteiro da Batalha, para assistir ao Auto de Celebração dos Reis que teria a presença de D. João I. O Mosteiro, que nesta altura ainda não se encontrava concluído, era da autoria de mestre Afonso Domingues, cuja idade avançada e cegueira tinham levado ao seu afastamento da grande obra. A sua conclusão tinha passado para as mãos de um irlandês, mestre Ouguet, e Afonso Domingues não se conformava com o facto de el-rei lhe ter retirado a direcção daquela obra de arte.

D. João I vinha desejoso de visitar a Sala do Capítulo do Mosteiro que mestre Ouguet tinha recentemente concluído, seguindo o traçado dos projectos de Afonso Domingues, à excepção da abóbada que a cobria. No entender do mestre irlandês, seria impossível concretizar a abóbada imaginada por Afonso Domingues por esta ser muito achatada e, sem consultar o mestre português, decidiu concluí-la de outra forma. Como D. João I tinha chegado atrasado, resolveu assistir ao Auto dos Reis na igreja, deixando a visita da Sala do Capítulo para o dia seguinte. E em boa hora o fez.

Estava no Capítulo o irlandês Ouguet, vangloriando-se da sua supremacia sobre o mestre português, quando reparou com horror nas fendas que se abriam na abóbada e que ameaçavam a sua queda. Ouguet irrompeu pela igreja como um possesso, dizendo, entre muitas frases incongruentes, que o mestre Afonso Domingues lhe tinha enfeitiçado o trabalho. Pensando que o irlandês estava possuído pelo demónio, os frades acorreram a exorcizá-lo perante o grande espanto do rei. Ouguet caiu desmaiado ao mesmo tempo que um tremendo estrondo anunciava a queda da abóbada da contígua Sala do Capítulo, apenas 24 horas depois de ter sido concluída. El-Rei D. João I chamou então Afonso Domingues à sua presença e nomeou-o novamente mestre das obras do Mosteiro, pondo o irlandês sob as suas ordens. A construção da abóbada foi então retomada, agora seguindo o seu primitivo traçado. Chegou assim o grande dia em que foram retiradas as traves dos simples que sustentavam a abóbada. Apenas foi deixada no centro da sala uma pedra onde ficou sentado Afonso Domingues. A abóbada não caiu e o velho mestre ficou sentado naquela pedra, sem comer nem beber durante três dias, cumprindo um voto que tinha feito a Cristo. Ao fim do terceiro dia, El-Rei recebeu a triste notícia de que o grande arquitecto português tinha morrido antes de proferir as palavras "A abóbada não caiu.... a abóbada não cairá!".

Da pedra sobre a qual Afonso Domingues acabou os seus dias foi esculpida uma estátua em sua memória, que foi colocada na Sala do Capítulo, honrando assim um dos maiores mestres arquitectos de todos os tempos.

quarta-feira, 19 de maio de 2010

A Visita à Galeria Mouzinho de Albuquerque

No dia 18 de Março realizámos uma visita à Exposição "1909-2009-100 Anos de Imprensa no Concelho da Batalha" patente na Galeria Mouzinho de Albuquerque.
Observámos várias publicações que no último século apareceram no concelho. "A Batalha Nova" que foi publicada entre 31 de Outubro de 1909 e 29 de Maio de 1910 e "Ecos do Lena" que surgiu na segunda quinzena de Julho e se manteve até à segunda quinzena de Dezembro do mesmo ano. Editou-se ainda um exemplar a 6 de Julho de 1921. "A Voz do Lena" existiu entre 15 de Outubro de 1922 e 30 de Abril de 1923.
Seguidamente, analisámos, nas vitrinas, algumas zincogravuras utilizadas para gravar textos ou imagens, assim chamadas devido ao metal usado: o zinco.
Gostámos desta visita porque aprendemos muito sobre a forma como funcionou a imprensa durante o século XX. Uma guia que estava no local apresentou-nos todas as máquinas de escrever antigas e explicou como funcionavam. Atentámos ainda em caracteres tipográficos que eram ordenados para formarem frases numa peça própria que se chamava "Régua de composições" e que, depois de alinhados na galé, eram colocados na prensa (para se proceder à impressão dos jornais).

Concelho da Batalha

No passado dia 18 de Março visitámos a exposição “ 100 anos de imprensa no concelho da Batalha”, patente na Galeria Mouzinho de Albuquerque.

Observámos alguns objectos antigos relacionados com o tema da exposição, como: zincogravuras, barras de espaços, máquinas de escrever e de fotografar. A nossa visita foi guiada por uma jovem que nos esclareceu algumas dúvidas. Lemos histórias antigas e interessantes em alguns jornais da região. Foi engraçada a visita!

A lenda da Padeira de Aljubarrota

Brites de Almeida, mais conhecida por Padeira de Aljubarrota, nasceu em Faro em 1350. Os seus pais eram pobres e humildes, donos de uma taberna.
Brites cresceu e tornou-se corpulenta, ossuda, feia, de nariz encurvado, boca rasgada e cabelos frisados. Estaria preparada para ser uma mulher corajosa, valente e desordeira.
Teria seis dedos em cada mão, deixando os seus pais alegres, pois suspeitavam ter em casa uma mulher muito trabalhadora.
Foi uma grande aventureira que teria fugido para Espanha num barco, o qual foi assaltado por piratas argelinos que a venderam como escrava a um senhor muito poderoso da Mauritânia.
Depois de muitas andanças, fixou-se em Aljubarrota onde se tornou dona de uma padaria e tomou um rumo mais honesto de vida casando com um lavrador da zona.Vivia em Aljubarrota quando se deu a batalha entre os castelhanos e os portugueses. Vencidos os castelhanos, alguns deles fugiram do campo de batalha para se esconderem nas redondezas, descobrindo abrigo em casa de Brites de Almeida, enquanto esta tinha saído para a rua ajudar numa briga que ocorria. Quando voltou a casa encontrou a porta fechada e logo desconfiou da presença de inimigos. Em grande alvoroço, procurou os castelhanos, encontrando alguns deles escondidos dentro do seu forno. Ordenou que saíssem, mas como eles fingiam dormir ou não entender bateu-lhes com a sua pá e matou-os. Conta-se também que depois do sucedido, Brites teria agrupado mulheres e constituído uma espécie de força militar que perseguia os castelhanos, matando-os sem dó nem piedade.

domingo, 11 de abril de 2010

Divulgação das actividades do nosso Mosteiro

Lavoura, Religião e Paisagem

Quinta da Cerca | Quinta da Várzea

Duas Quintas que foram do Mosteiro da Batalha

Vem conhecer mais um pouco da vida deste grande convento através de um passeio a duas das suas quintas mais importantes. Traz calçado cómodo e um lanche para um convívio ao ar livre. Não esqueças a câmara fotográfica e participa no desafio que te lançamos.

Mosteiro da Batalha (ponto de encontro): saída dos visitantes, nas traseiras do monumento.

17 de Abril, Sábado, das 14h30 às 17h.

Inscrições gratuitas para mosteiro.batalha@igespar.pt ou pelo telefone nº 244765497

Esta visita integra-se nas comemorações do Dia Internacional dos Monumentos e Sítios